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Três mundos potencialmente habitáveis em torno de uma estrela anã muito fria

Esta impressão artística mostra uma imagem imaginada da superfície de um dos três planetas que orbitam uma estrela anã muito fria a apenas 40 anos-luz de distância da Terra, a qual foi descoberta com o auxílio do telescópio TRAPPIST instalado no Observatório de La Silla do ESO. Estes mundos têm tamanhos e temperaturas semelhantes às de Vénus e da Terra e são os melhores alvos descobertos até agora para procurar vida fora do Sistema Solar. Estes são os primeiros planetas descobertos em torno de uma estrela extremamente ténue e minúscula.   Nesta imagem vemos um dos planetas interiores em trânsito por cima do disco da sua pequena e ténue estrela progenitora.  Créditos: ESO/M. KornmesserUma equipa de astrónomos utilizaram o telescópio TRAPPIST do ESO para descobrir três planetas, com tamanhos e temperaturas semelhantes às de Vénus e da Terra, em órbita de uma estrela anã muito fria situada a apenas 40 anos-luz da Terra. Tendo em conta as suas características, estes planetas são os melhores alvos descobertos até agora para procurar vida fora do Sistema Solar. 

Esta equipa de astrónomos, liderada por Michaël Gillon do Institut d´Astrophysique et Géophysique da Universidade de Liège, na Bélgica, utilizaram o telescópio TRAPPIST, instalado no Observatório de La Silla do ESO para observar a estrela agora conhecida por TRAPPIST-1, descobrindo os primeiros planetas em torno de uma estrela extremamente ténue e minúscula.

Este tipo de estrelas anãs são bastante comuns na Via Láctea e vivem durante muito tempo, mas esta é a primeira vez que se descobriram planetas em torno de uma delas. Situada na constelação do Aquário, apesar de se encontrar bastante próxima da Terra, esta estrela é demasiado ténue e vermelha para se observar a olho nu ou mesmo visualmente através de um telescópio amador grande. Os astrónomos irão procurar sinais de vida ao estudar o efeito que a atmosfera de um planeta em trânsito tem na radiação que chega à Terra.

Para planetas do tamanho da Terra em órbita da maioria das estrelas, este efeito desaparece no enorme brilho da estrela. Apenas no caso de estrelas vermelhas ténues e muito frias — como a TRAPPIST-1 — é que este efeito é suficientemente grande para poder ser detectado.

Fonte e notícia completa em: ESO

Data: 02/05/2016