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Quadrântidas: Uma chuva de estrelas difícil de apanhar

No dia 3 de janeiro ocorre o pico da chuva de meteoros das Quadrântidas, fenómeno que será muito difícil de observar nos Açores por acontecer às 13h00, altura do dia em que a esfera celeste se encontra totalmente iluminada pelo Sol.

As Quadrântidas são uma "chuva de estrelas" algo desconhecida apesar deste ter picos com 100 meteoros por hora, um número que normalmente se esperaria de umas Geminidas ou de umas Perseidas. Mas são difícieis de observar, em razão da sua atividade ser muito breve e muitas vezes acontecer durante o dia.

Com uma curta atividade entre os dias 28 de dezembro e 12 de janeiro, mais curto é o seu pico que normalmente dura pouco mais que uma hora. E mais uma vez, em 2017 o pico acontece durante o dia, e não será assim possível observar qualquer meteoro.

Mas qualquer observador que queira tentar a sua sorte, pode tentar observar os meteoros desta chuva na madrugada do dia 3 ou na do dia seguinte.

A radiante da chuva é próxima da Ursa Maior, entre as constelações do Dragão e do Boieiro (como na imagem à esquerda), numa zona onde no passado se encontrava uma constelação já extinta: Quadrante Mural, criada em 1795 pelo astrónomo Jérôme Lalande e posteriormente desconsiderada pela Associação Internacional de Astronomia.

Se as condições meteorológicas permitirem, procure um local escuro, longe da poluição luminosa das cidades, e olhe para a zona à volta da radiante.

Para os curiosos, a origem das Quadrântidas era desconhecida até dezembro de 2003. Nesta altura, o investigador da NASA Peter Jenniskens encontrou evidências que estes meteoroides surgiram do asteroide 2003 EH1, resultando da desintegração de um cometa há 500 anos atrás. A Terra intersecta a órbita do 2003 EH num ângulo perpendicular, o que significa uma passagem rápida por quaisquer detritos.