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Hoje há chuva de estrelas... E uma Lua cheia!

Uma "Bola de Fogo" das Geminídeas, apanhada por Eliot Herman em Tucson, Arizona, em 2015.E para terminar 2016 astronomicamente, na noite de 13 para 14 de dezembro acontecem dois fenómenos astronómicos que combinados não se complementam: uma "chuva de estrelas" que será ofuscada por uma "Super Lua".

Assim, a melhor e mais fiável chuva de meteoros do ano, as Geminídeas, atinge o seu pico na mesma madrugada em que a Lua estará cheia e, coincidentemente, na altura em que esta se encontra no ponto mais próximo da sua órbita sobre a Terra, naquilo que é comummente chamado de "Super Lua".

Ou seja, com a Lua cheia a ocupar a esfera celeste durante toda a noite, a grande maioria dos meteoros das Geminídeas serão ofuscados pelo brilho do nosso satélite natural, reduzindo em grande quantidade a espetacularidade desta chuva.

Apesar de frustrante, os mais interessados podem sempre tentar observar os maiores meteoros nesta noite já que, com uma atividade típica de 120 meteoros durante o seu pico, será possível observar cerca de duas dezenas de meteoros que ainda deverão conseguir brilhar num céu iluminado pela Lua Cheia.

Em 2017, teremos uma história completamente diferente: sem a Lua cheia em noite de atividade máxima desta chuva de meteoros o espetáculo regressará aos nossos céus. A chuva das Geminídeas recebe este mesmo nome por se identificar a sua radiante (ponto a partir do qual parecem surgir os meteoros) na constelação de Gémeos. Esta chuva tem uma longa duração de atividade, podendo ser observada entre os dias 4 e 17 de dezembro, sempre com uma grande produção de 'bolas de fogo'.

Lembramos que as Geminídeas, ao contrário das outras chuvas, não resulta de detritos de um cometa mas de um objecto rochoso com o nome 3200 Phaethon, sendo a sua corrente de detritos muito superior às outras chuvas, num fator de 5 para 500. No entanto, este objecto continua envolto em mistério já que foge a uma consensual definição científica há várias décadas. 

Saiba tudo sobre as Geminídeas e sobre a sua origem nesta ligação.

Fonte: Informações da "International Meteor Organization".