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2016 é bissexto! Por que razão temos um dia a mais?

É preciso recuar até ao ano 58 a.C. para se perceber porque é que fevereiro tem 29 dias. A alteração foi introduzida pelo imperador romano Júlio César como forma de acertar o ano civil com o ano solar. 

A duração da órbita terrestre à volta do Sol não dura exatamente 365 dias. É de 365,24219 dias, o que leva a que em cada ano fiquem a faltar, aproximadamente, seis horas. "Ao fim de quatro anos, temos um dia em falta, pelo que os anos bissextos permitem fazer essa correção", explicou ao DN Rui Agostinho, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa. Na década de 50 a.C., quando Júlio César assumiu o poder, já existia um grande desfasamento "do calendário com as estações" do ano, o que o levou a pedir a Sosígenes, da escola de Alexandria, que encontrasse uma solução. E é ele que lhe diz para introduzir os anos bissextos.

O desfasamento era tal que naquele ano foram introduzidos dois meses extra. Só que durante 36 anos, conta Rui Agostinho, esta alteração foi mal interpretada e a aplicação era feita de três em três anos. César Augusto resolveu o problema. Mas surgiu outro. "A correção feita com o ano bissexto criou um excesso que voltou a provocar um desfasamento grande." Isto refletia-se no dia de Páscoa - que deve ocorrer num domingo, no início da primavera e na lua cheia. É então definida uma mudança pelo Papa Gregório XIII, em 1582. Em cada 400 anos, são retirados três anos bissextos, aproveitando-se os centenários para tal. Por exemplo, 2100, 2200 e 2300 não serão bissextos. E assim foi introduzido o calendário gregoriano, que ainda hoje é usado.

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